A farinha feita de plantas selvagens existia muito antes da agricultura, e muitas delas têm muito mais sabor e valor nutricional do que a farinha comprada em lojas.

Enquanto o pão fermentado é um produto da agricultura e da civilização modernas, a farinha é anterior à agricultura e às culturas sedentárias. Se olharmos alguns milhares de anos atrás, encontraremos evidências de nossos ancestrais coletando plantas selvagens para processar e moer em farinha.

Sem glúten, essas farinhas selvagens não resultavam em um pão branco fofo, mas eram usadas para fazer diversos tipos de pães achatados, biscoitos e mingaus. Muito depois do cultivo generalizado do trigo para farinha, camponeses industriosos ainda processavam plantas selvagens como extensores de farinha.

Misturar farinhas silvestres às reservas existentes ajudava a suprir colheitas ruins, aumentava o valor nutricional e, em alguns casos, ajudava a prevenir a deterioração.

Embora possa parecer que a farinha silvestre deva vir exclusivamente de grãos silvestres, há várias maneiras de produzi-la com ingredientes colhidos na natureza. Os grãos silvestres nem sempre são a maneira mais eficiente (ou saborosa) de fazer isso, mas, para simplificar, começarei por eles antes de apresentar soluções mais criativas.